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Um prefácio-carta.
What we do

Eraldo, seu trabalho me conta de um desejo de mover-se do hábito para o habitar. Você clama pela cidade viva. Viva por querer encontrar os vivos que nela habitam. Viva porque ela, cidade, move-se, espalha-se nas direções possíveis, pelos campos não guardados pela montanha.

Caminhar pelo contorno me faz pensar num lápis, numa caneta, num pincel. Desenho do contorno. Estar no contorno é estar no dentro e no fora, buscar um lugar de  simultâneo pertencimento e distanciamento que permita ver o que até então não se via.

Poder-se-ia pensar no contorno como separação, mas você parece querer contornar para conhecer o que ficaria de fora e, ao fazer isso, você dilui o contorno, denuncia-o como arbitrário, ultrapassado, inútil.

Quais muros nos separam? Quem constrói estes muros? Por que estão lá ainda quando não os enxergamos  ou até mais cruelmente quando não os enxergamos? Quem deixamos de fora? Quem colocamos para dentro? Quais são as vozes que ficam de fora, que histórias contam, que experiências vivem?

Eu vejo um Eraldo que quer escutar, mais que falar. E vejo um Eraldo que, ao ter se colocado em contato com outras vozes para além dos muros, retorna com muito a dizer. Quero te ouvir.

 

Fernanda Tavares -  (Aluna/Caminhante da Turma 3 da pós- graduação     ''Caminhada como método para arte e a educação.'')

Comentários 

Thereza Portes

Artista Plástica, Professora e Fundadora  do instituto Undió.

Paulo Nazareth

Artista Plástico

Edith Derdyk

Artista Plástica, Escritora  e Professora. 

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